Cada
afago que te dão são como chicotadas,
Cravos
que elegantemente ardem na minha carne.
Dardos
lançados, milimetricamente direcionados,
Ladros de cães sem dono na madrugada.
Execrado
no meio da praça, feito em postas,
Exposto
nu, ao relento, congelado, sem alento.
Queimado,
esfolado vivo, entregue aos urubus...
Quem
tatuagens ama voluntariamente sangra.
Fábio Murilo, 20.05.2016