Eu
não preciso de mais ninguém, convicto,
Eu tenho
você que só tem a ver comigo.
Mais
ninguém eu persigo, já encontrei.
Abri
a porta certa, estacionei, ancorei.
Todas
as certezas me dizem, todas as raízes,
Todos
os sóis, faróis, sinais, placas, avisos,
Indicam
os risos que até agora não tive,
Todo
o alivio de horas infelizes que caminhei
Sob sol inclemente a vagar, descontente
De
tudo e todos, de pessoas vazias, comuns,
Que
gentilmente me ofereciam só o esboço
Do
que, agora, sem esforço, naturalmente me dá.
Fábio Murilo, 15.12.2017