Desculpe o tédio
que se acumula;
O lodo abissal
que se enrama;
A ilusão,
errônea, de quem ama
E tanto confia
na chama,
Cada vez mais
branda,
Na cama de todo
dia...
A candura que não perdura;
O hábito que
criou mal hálito;
O príncipe que
virou sapo,
A Cinderela que
perdeu o encanto,
O conto de fada,
que agora enfada.
(Fábio Murilo, 29.10.97)