Na porta entreaberta,
Uma brisa poderá entrar...
Poderei ficar cativo de
outros carinhos,
De um sentimento inesperado.
Esse coração a muito
abandonado
Feito em ruínas,
Ainda guarda pelos cantos
algum encanto.
E se animará se um raio de
luz chegar
Advinda de alguma fresta de
telha
Se esgueirando por acidente,
inocente,
Trazendo uma discreta
claridade
A escuridão dos vãos,
Aos cantos esquecidos,
Tomados pelo lodo e umidade.
Fábio Murilo, 14.11.2013
47 comentários:
Amei ler- te amigo Fábio... vejo aqui um poema romântico ao seu modo...
Ao modo de Fernando Pessoa.
Um toque romântico, com uma doce melancolia.
E pedindo sempre ! Decifra- me se puder !!!
Beijos !
Fernanda Oliveira
A luz é sempre desejada... Muito bonito, Fábio Murilo.
Beijo!
Bom dia
Que bonito! Há sempre a "esperança" de chegar um raio de luz, e assim começar o que já estaria esquecido.
Adorei!
Beijo e um Sábado feliz
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Meu amigo aqui estou para te deixar um carinhoso abraço
confesso senti saudades.
Um lido fina de semana abraços,Evanir.
Adoro esse tom melancólico, inocente, esperançoso. Um coração abandonado que espera sem esperar que algum amor possa chegar. E quem sabe sim... e quem sabe não.
Abraço
Ao modo de Fernando Pessoa?!.. Quer dizer parecido, uma rápida lembrança, uma faisca, talvez... Você é muito generosa Fernanda. Sei que admiras, tanto quanto eu, esse gênio, esse ícone da poesia mundial, inigualável e inconfundível. Fernando Pessoa é incomparável, é único, que o diga seus heterônimos. Obrigado, Beijos!
Tem razão Shirley, nem que seja no final do túnel, ai que é que vinda! Obrigado, beijos.
Pois é Cidália, a vida também pode mudar pra melhor e dar uma volta,ou reviravolta, de 360º graus de felicidade. Muito justo, não acha? Obrigado amável poetisa beijos.
Opa, atenciosa Evanir, obrigado pela consideração e cuidados. Um lindo final de semana prá você também.
Devemos deixar sempre as portas abertas. Entreabertas neste caso, porque o teu poema tem um tom melancólico e suave. Ou seja, você não escreve um poema como se estivesse a partir pedra, mas a esculpi-la, a moldá-la. Pedra aqui como desejo de um sentimento, é claro.
Poderá entrar uma leve e reconfortante brisa, uma melodia de carinho, atenção e ternura, ou um inexpectável e autêntico vendaval de paixão tórrida, só eloquência carnal de raios e coriscos. Corações em ruinas facilmente ficarão cativos quer de uma leve brisa, quer de um furacão, e qualquer luz suscitará contentamento.
Maravilha das maravilhas, quando o nosso coração e corpo perde o bafio, perde o cheiro a guardado há muito tempo e se abre para uma clara e quente novidade.
Só que essa novidade tem de chegar por acidente, dessa forma inocente e distraída, sem ser ser anunciada. Deixará de existir escuridão nos vãos do coração e recantos do corpo.
O seu poema é lindo. Você é encantador, Fábio!.
xx
Numa porta entreaberta pode entrar mil coisas.
E estou sempre na esperança que entre energias e das boas.
Fabio, meu nome é Bandys e a foto é minha sim.
Legal o soneto neh?? Eliane foi só pra rimar, kkkkk.
Beijos garoto
Poxa... Sem palavras. Obrigado Laura.
Ah é. Tá certo. Pelo menos acertei a foto da dona do Blog. rs... Beijos garota, dourada!!!
Boa noite Fábio.. assim como tu abordou os cantos.. poderia muito bem abordar pedras.. as que muito chutamos estão num processo de evolução tb.. tudo que se move ou não.. é por nós lembrado.. e merece o nosso entendimento.. abração meu amigo até sempre
Obrigado, espiritualizado Samuel.
Gosto demais do que escreves! Te ler é uma grata satisfação! Desejo que tenhas um excelente domingo. Beijos!
Obrigado Joana, bom domingo pra ti.
Poema fascinante escrito por um fantástico poeta que joga com as palavras de forma divina
Bom Domingo
Abraço
Ótima obra, Fábio! Muito bem escrita e a imagem refletiu bem o que você queria passar.
Grande abraço, sucesso e ótima semana!
Quem sabe... A vida é surpreendente e as vezes nos pega peças... E o melhor dela é isso, esse lado inesperado, dinâmico, sempre renovado. Obrigado.
(...) Esse coração a muito abandonado
Feito em ruínas,
Ainda guarda pelos cantos algum encanto.
E se animará se um raio de luz chegar...
Fábio, li seu belo poema e depois fiquei a fitar a foto: foto que revela perfeitamente as vezes que por dentro também estamos um caos! E fiquei a olhar, brincando por onde iria começar a erguer as coisas (o nosso interior desmoronado, muitas vezes). E dá! Dá pra deixar uma linda sala, pois os elementos de reconstrução não foram totalmente destruídos, devem ser fortes...Na verdade não faltaria muito para fazer uma bela e nova sala... Se a estrutura é boa, mãos à obra! Que se erga a mais bela sala.
beijos!
A certeza de que o encanto ainda existe move a esperança. E de onde não se espera, entra a luz do sol. Um belo poema. Abraço.
E tenho certeza que vai entrar. Coração, mesmo "húmido" está sempre disposto a amar.
Boa semana.
Ah... Bondade sua! Você que um sonetista de primeira, Ricardo.
Obrigado Evandro. Ótima semana pra você também.
Penetrou bem na essência do poema. De repente uma demão de cal nas paredes pra tirar o mofo, uma tinta a óleo reluzente nos mentais, não fará mão pelo contrario. Tudo só quer um pouco de zelo e cuidado.
Com certeza LUZ, coração é sempre coração, emoção sempre emoção.
Lindo o que que disse Marilene, agregou significado ao poema. Há sempre uma esperança, o inusitado a nos surpreender, embora pareça tarde e findo todos os caminhos.
Lindo poema! A foto mostra o que você escreveu,é como você está por dentro!
Parabéns ! lindo blog.
Bom dia,beijinhos.
Me vi nessa poesia, e agr estou abrindo espaço para que coisas novas possam acontecer, me deixando permitir esquecer o que esquecido foi e me deixar sentir um sentimento novo.
É... Que bom que o poema tenha lhe causado essa boa impressão. Obrigado Nelma.
Legal Kessya, poxa que bom que o poema tenha cumprido seu objetivo de forma tão efetiva. Obrigado.
Meu caro poeta Fábio Murilo, "das coisas esquecidas" acredito ser teu poema que mais próximo chegou de mim, melhor, estava tudo lá dentro de mim, bastou começar a ler...meu coração solitário, minha escolha ? talvez. Mas como resistir a uma brisa, e como acostumar-se depois sem nenhum carinho...meu caro poeta, nunca havia lido algo tão minha alma, e olha que na net visito poetas geniais.
Meu coração é uma casa abandonada, Meu Deus, consigo ver isso, precisando de restauração...(divaguei direto rs) - mas é o poema mais lindo que li nestes últimos dias deste ano. Admiro demais tua poesia, meu poeta menino sério Fábio Murilo.
ps. Meu carinho meu respeito e meu abraço.
blog do jair ou histórias de músicas e pessoas
Que bom Jair! Como resistir a uma brisa afável, falou bem. Se padecemos, parecera insano resistir a uma promessa de felicidade, por medo talvez das conseqüências, por medo de pagarmos um alto preço ao abraçarmos esse acolhedor lampejo de felicidade, por nos arriscarmos. Melhor seria nos acomodarmos numa vida sem brilho? Infelizes certamente? Numa atitude masoquista e covarde? A oportunidade talvez não passe duas vezes no mesmo local e lamentaremos mais tarde por a termos na mão e não a segurarmos de verdade. Obrigado pela apreciação dos meus singelos textos e as estimulantes palavras.
Belíssimo seu poema,Fábio.
Obrigada pela visita.
Ótima semana
Dryka
Blog Suas Histórias Nossas Histórias
De nada, Adriana Paz, e parabéns pela sua iniciativa.
Querido poeta Fábio Murilo, meu menino sério e sábio poeta, obrigado pelo alerta, obrigado. Teus poemas sinto-os importantes para mim, gosto muito...mas voltando dei uma olhada nos comentários, e achei o da blogueira Tais, que belas palavras, levei para mim também. E é uma bela foto, e como disse a Tais dá pra começa arrumar por algum lugar o que não tá bem dentro de nós (bela metáfora). Valeu meu amigo. Carinho respeito e abraço.
Obrigada Fábio pelas lindas palavras,que deixou em meu cantinho.
Volte sempre,beijinhos.
Um coração sozinho sem amor, sente falta de carinho.
Só o que restou foi a solidão, mas não pode perder a esperança de viver uma nova paixão.
Olá, vim conhecer seu blog e me encantei com teu jeito único de escrever. Parabéns!
Amo poesias, poemas, sonetos e tudo o que vem da alma e do coração.
Tenha uma linda noite!
Carinhosamente
Rê
Femme Digital- Mãe, Esposa, Mulher!
De nada Nelma, voltarei com certeza. Beijos!
Tem toda razão Rê, obrigado pelas palavras estimulantes.
Lindíssimo o poema.
Acredito que se a brisa não vir pela porta, certamente entrará pela janela! O mesmo se aplica á luz, caso não haja frestas no telhado.
Um beijo õ/
Deus te ouça menina, rs... Obrigado.
É preciso cuidado com um coração há muito abandonado. É preciso tirar a poeira dos seus cantos devagar para que ela não provoque alergia e adoeça aqueles que ousem nela tocar.
Bjos!
Foi um grande prazer poder ler uma bela poesia! Obrigada.
huummm... Será? Interessante sua observação Larissa.
Oi Enide, você por aqui?! Obrigado, volte mais vezes.
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