A palavra vai,
se anima e se retrai,
Ensaia voos ousados
como ave nova,
Ondas a beijar a
areia e voltar pro mar.
Há o anseio e o receio
de não magoar,
De não soprar
forte e devastar o jardim.
Há todo um
cuidado de quem
Manuseia uma cerâmica
milenar,
De não pisotear
com patas de cavalo.
Aproximação de
nave na atmosfera,
Contato de dedos
em pétalas de rosas.
Mel nas palavras
dengosas a se derramar,
Satisfação de
quem possui uma jóia rara,
Extremado modo de
se preocupar.
Fábio Murilo, 22.10.2014
36 comentários:
Lindas palavras como sempreeee... vc tem um dom, rapaz, nunca pare de escrever. Beijos.
att.
Bom dia Fábio Murilo
Poema maravilhoso, o teu
Tem um ótimo sábado.
Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
as palavras podem salvar, simples assim! lindo.
dentrodabolh.blogspot.com
Ah que delicadeza linda nesse poema...
Ameiii demais, essa harmonia gostosa!
''Mel nas palavras dengosas a se derramar,
Satisfação de quem possui uma jóia rara,
Extremado modo de se preocupar.''
Beijos meu amigo poeta Fábio!
... esqueci de dizer... Amei a imagem também, rs
Tudo lindo e harmonioso!
Bonita conclusión no derradeiro verso.
Que belo, você desenhou uma forma linda, linda com palavras!
Devemos nos vigiar, para que nossas palavras sejam como joias raras...Belíssimo poema, Fábio.
Beijo!
O cuidado de "não pisotear com patas de cavalo" ou introduzir o elefante na loja de porcelanas...:-)
A palavra precisa estar leve tal como a forma como a lançamos no espaço, para que caia suavemente aterrando sem estremecimento. Quando se está encantado, as palavras complementam o brilho do olhar.
Muito lindo, Fábio!
Bom domingo!
xx
As palavras realmente tem esse poder de nos provocar diversas sensações..
Que belo poema, Fábio! Muito verdadeiro..
Tenha um bom fim de semana!
Um abraço
Quando existe apenas um carinho tudo surge perfumado e florido.
sem preocupações.
Boa noite. Moço.
Beijos meus daqui
Como é importante ressaltar o poder que a palavra tem, seja quando dita para bem como para o mal. E neste caso só quem já recebeu uma palavra de carinho sabe como é gostoso esse afável, a minuciosidade, o carinho de quem mede o que diz.
Sua poesia sempre tão descritiva, preocupada com os mínimos detalhes. Parabéns Fábio, sempre muito prazeroso dedicar alguns minutos para vir aqui me inundar dos teus versos tão caprichosos.
Obs.: obrigada pela preocupação, gostaria de ter vindo comentar aqui antes mas estava sem internet, voltou há pouco!!!
Ótima semana querido, parabéns mais uma vez pelo texto. Beijão.
É preciso ter cuidado, medir as palavras, como disse. Ah é, me preocupei e perguntei por você no seu blog, sempre atenta as atualizações, não apareceu, tive uma peocupação natural. Internet... Sei, problema comum. Obrigado, Carol, Beijos!
É mesmo? Obrigado, Claudinha Santos. Beijos!
Oi Cidália, obrigado.
As palavras tem poder, exato. Obrigado.
Pois é, Fê. o cuidado com que se gosta vem naturalmente, é espontâneo. É imprescindível ter um certo tato, calcular as palavras, para não magoar, não ser grosseiro. Calar também nos momentos certos, calar também é responder. Ser prudente, cuidado com os que nos são caros. Que bom que gostou! Beijos!
Obrigado, Fénix, há tempos que não aparece? Obrigado pela visita.
Oi, poetisa Enide. Obrigado pelo gentil comentário.
Exato, Shirley, nossas palavras são os nosso cartões de visita, são mimos, são mágicas. Obrigado, beijos!
Essa do "elefante na loja de porcelanas" foi boa, Laura, rs... Lindo foi seu cometário, gostei! Obrigado!
É verdade, Vane. as palavras tem alma, vida própria e as vezes se eternizam. Obrigado, abraço.
Carinho é tudo. Palavras são abraços falados. Beijos, Moça.
Ah, sim, é linda! Rs...
Belo, Fábio!! Depois de soltas as palavras, o vento leva e jamais devolve. Como foram moldadas, ficarão. Por isso o maior cuidado! Preferível calar do que uma injustiça lançada.
Beijo!!
É mesmo, Tais. Todo cuidado é pouco. Obrigado, beijos!
Quanto cuidado !
Belo poema !
É, faz-se necessario com determindas pessoas. Obrigado, Marcos.
Temos que cuidar de quem amamos!!
O anseio e o receio de não magoar! Lindíssimo poema!!
Beijinhos.
Obrigado, Nelma.
Bom dia, Murilo. Muito bom o poema.
A palavra tanto tem o poder de abençoar ou de amaldiçoar, de aquietar um coração ou desesperá-lo.
Precisamos dizer o que queremos com uma delicadeza a fim de que não magoe ninguém.
Isso, nem sempre é possível, até mesmo porque em algumas situações não queremos, mas o quanto mais cuidadosos formos ao dirigirmos a palavra a alguém, melhor para nós, estaremos nos preservando de males futuros.
Tenha um excelente fim de semana de paz.
Beijos na alma.
É, mesmo Patricia. As vezes as palavras doem mais que uma agressão fisica. E presico ter extremado cuidado. Obrigado.
Esse zelo constante pra se falar do outro e cuidar do outro... Talvez seja a coisa mais preciosa num relacionamento. Esse encanto que não podemos deixar quebrar.
Nessas situações, o cuidado, o zelo, como disse, ocorrem de forma natural, um impulso, uma necessidade. Já não somos apenas nós, somos o outro também. Obrigado, Poetamiga, Hellen.
Atos delicados para sentimentos intensos.
Belo.
Interessante observação fez, gostei. Obrigado, Luria Corrêa.
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