Nos finais de domingo,
imagino,
Vindo dos meus passeios sem
rumo,
Observando aquele edifício,
Aquele do andar especifico,
Enquanto espero o ônibus.
Mesmas plantas na varanda,
Mesmo sol se pondo, sumindo,
Mesma luz amarelada refletida
Nos ladrilhos, se alongando.
Mesma silhueta vaporosa, etérea,
De um vulto ilusório, que
idealizo,
A rua observando, quase lua
surgindo, ficando escuro,
Compondo um quadro vivo.
Compondo um quadro vivo.
Dona dessa melancolia se
abatendo,
Descendo nas luzes de
mercúrio.
Fábio Murilo, 11.01.2016
44 comentários:
Como sempre, fantástico!
Beijinhos e bom fim de semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Tão bonito a forma como escreve.Nunca vi alguém descrever a poesia assim, em detalhes minuciosos *_*
Amei :)
beeijão
http://carolhermanas.blogspot.com.br/
Bonito mas muito melancólico!...
É a selva de pedra!...
Bom domingo! Boa semana!
Beijinhos.
❤ه° ·.
Por alguns segundos, pus-me a viajar nos detalhes dos seus dizeres... Confesso que continuaria a ler o restante da história até o final, e que final seria.
Um grande abraço meu amigo..... Desejo-te um belo resto de final de domingo.
Adoro poemas melancólicos, com esse não foi diferente.
http://viagem-a-terra-do-nunca.blogspot.com.br/
Me imaginei caminhando pelas ruas do recife, vivendo cada palavra.
Uma imersão completa. Poema maravilhoso. Uma delícia de ler.
Adorei.
Bjs, Fábio.
Fabuloso poema! Adorei
Desejo uma excelente semana.
Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Olá Fábio,
Rica imaginação, que lhe proporcionou a inspiração de um lindo poema.
Feliz semana.
Abraço.
Um olhar que passa a ser ansiado com hora marcada. Uma observação que cria caminhos na mente e no coração. Seus versos nos levam a um cenário de mistério e de magia. Ficamos a desejar que o poema tenha continuidade. Belo! Abraço.
Oi Fábio querido
Lindo poema...
Gostoso quando as palavras conseguem fazer com que imaginemos cenas que por um breve momento passam a serem nossas.
Beijos
Ani
Que belo arranjo de palavras! Soa como uma canção aos ouvidos; algo triste, belo, triste, belo, mui belo.
Bah, Fábio, como faço essas observações quando estou nas ruas do meu bairro. Viajo, imaginando as pessoas que moram no apartamento da sacada florida, da cortina de croché. Serão felizes? Como vivem? E não leva muito para me colocar naquela sacada e de lá olhar para baixo e observar as pessoas passarem. Teu poema me é familiar!Gostei muito da criação.
Beijos.
Linda melancolia poeta...
Beijos!
E da melancolia se fez uma bela poesia.
Um abraço
Maria
Belas palavras.
Estou de volta, caso queira visitar-me, seja bem-vindo!
Abraços.
muitas vezes um simples local leva a nossa imaginação a voar e criar nosso próprio cenário.
muito bem!
beijo
:)
Que descrição! Gosto disso, muito.
A gente vive numa vida tão fugaz, reclama da cidade, mas não observa suas curvas, formas e cores.
É lindo viver assim!
Que legal, Marcos! Abraços.
Obrigado, Cidála. Beijos!
Oh, muito obrigado, que legal ouvir isso. Motivador. Obrigado, Carol, pela gentil visita, volte mais vezes, beijos!
A mi los dias que mas me deprimen son los domingos a la tarde ja. No se. Lo veo todo triste, gris, apagando, poca gente en la calla. Mas que nada me pasa en invierno. Cuando los dias son mas frios y mas cortos
Essa sua poesia nos detalhes.. <3
Mas, a melancolia, a tristeza, a carência, são grandes impulsionadores, Inês. Inspiram, transbordam em versos, em canções, é o que mais tem. Notou? Beijos! Obrigado pela visita.
Legal, Wonder, sua leitura, gostei. Obrigado, abraços.
A é, é o estado de espírito do momento, né? rs. Obrigado, Gabi.
Obrigado, Cidalia, Beijos!
É?... Obrigado, então, Vera. Abraço.
Que legal, Conterrânea, que o poema tenha lhe proporcionado essa sensação, essa emoção. Missão cumprida, rs. Beijos!
OI FÁBIO!
PORQUE, SÓ NOS FINAIS DE DOMINGO, A CIDADE PODE SER OBSERVADA ASSIM, COM A TUA ALMA DO POETA, EXPOSTA AO SILÊNCIO.
LINDO.
ABRÇS
-
http://. zilanicelia.blogspotcom.br/
Poxa, certeira, exatamente isso, perfeita, Marilene. Abraços, obrigado.
Que bom, Ani. Beijos!
Legal seu comentário. Obrigado, Lourivasdo.
Que interessante, Tais. Obrigado.
Obrigado, companheirinha. Beijos, visse? rs.
A tristeza é a maior fonte de poesia, pelo que vejo, Maria Rodrigues. Abraços.
Exatamente. Como o edifício desse poema, real por sinal, porém igual a outros, única diferença que me inspirou. Beijos, Sol.
Lindo comentário, Carolzinha. A quanto tempo! Beijos!
É, geralmente os dias de domingo, mas as tardes, nos é visto por aqui assim também, como o final do feriado, da liberdade, a beira de uma segunda-feira. Abraços, Gustavo.
Oi, Pry, a quanto tempo! Obrigado.
Num sei... Domingo a tarde, anoitecendo é melancólico mesmo, como o final do um sonho. Abraços.
Oi, Cecilia. Obrigado.
Olá Fábio Murilo. Por nada!
Não existe poeta muito alegra, não. A grande poesia é construída a partir dessa melancolia que põe à prova as nossas defesas perante a vida nos dias mais cinzentos, e tenta a nossa resistência perante um mundo vago.
Um vulto que se imagina depois de um passeio sem rumo, quase metáfora para a necessidade de "encontro" com a perfeição através da idealização. Sempre inatingível, sempre buscada.
Gostei muito, poeta!
xx
Perfeita, poetisa. O mesmo tirocínio que lhe é peculiar. A mesma sensibilidade, de se transportar, de adivinhar, tamanha percepção. Precisa, Laura, é isso mesmo. Abraços.
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