Em
que galáxia, há mil anos luz.
Em
que beco sombrio, a tremer de frio.
Em
que rua deserta dessa cidade hostil.
Minha
preocupação ganha asas,
É
um satélite pairando sobre tua casa.
É
um cão de guarda, ave de rapina.
Mais
atenciosa que tua sombra,
Não te abandona na escuridão.
Minha
preocupação é receio, cuidado.
Medo
vão, zelo estremado, é ânsia.
Aponta
a distância telescópios exagerados,
Devoção
de monge ao templo sagrado.
(Fábio Murilo, 03.12.2014)