Desde o momento que acordamos,
Concordemos, a vida passa...
A vida escorre dos dedos distraídos,
Minutos preciosos são perdidos,
Para sempre desperdiçados.
O tempo não passa rápido
É mal aproveitado.
O sol me cerca de todos os lados...
E é até um pecado, eu nessa cadeira,
Quando há tantos, definitivamente, sentados.
O domingo me acusa desse crime hediondo
E diz: vamos aos festins dos mortais,
Dos que não querem mais nada,
Que a alegria embriagada de suas vielas.
Da fumaceira cheirosa,
Dos seus quitutes ensebados
A escore-lhes dos lábios.
E o que é alegria, afinal?
Alegria não é uma alegoria,
Alegria é um estado de espírito,
Fábio Murilo, 25.01.10