Não nos juntemos tanto que nada mais aconteça,
Lava anteriormente se revolvendo. Abastecemo-nos
De incertezas, vez em quando, em doses homeopáticas
De ansiedade e solidão que é pra dar valor e falta
Ao que parecia seguro, conquistado, na mão.
Reconquistemo-nos, então. Guardemos sempre
O subterrâneo fogo que vento nenhum extingue.
Meio que queima, meio que apaga, acende
Embaixo do chão em permanente combustão.
Fábio Murilo, 27.08.2015