A
realidade da vida
É a do carro acidentado
No
telejornal matutino,
É a do cego do terminal
Por
outros olhos guiados,
É a do
sol lá fora desperdiçado
Por
olhares distraídos,
De quem só olha
O
próprio umbigo.
É a desses
anônimos
Enfeitados
até os dentes,
Lamina
no embotamento...
No
ônibus, vitrine
Em
movimento.
Antítese
do cobrador
Educado, a dizer:
“–
Bom Dia!
Apesar
dos pesares,
Vale
a pena viver!”
Fábio Murilo, 30.05.2014