Desculpe o tédio
que se acumula;
O lodo abissal
que se enrama;
A ilusão,
errônea, de quem ama
E tanto confia
na chama,
Cada vez mais
branda,
Na cama de todo
dia...
A candura que não perdura;
O hábito que
criou mal hálito;
O príncipe que
virou sapo,
A Cinderela que
perdeu o encanto,
O conto de fada,
que agora enfada.
(Fábio Murilo, 29.10.97)
6 comentários:
Ah, genial!
Olá, Fábio, Uau!! bota lindo nisso, embora muito triste...
Mas é a vida como ela é, plagiando Nelson Rodrigues.
Beijo, querido amigo, um lindo domingo.
Vim do blogue da Taís...
Gostei do seu poema, embora não concorde com o conteúdo.
Não é a regra.
Normalmente o casal vive uma relação animada, plena de boas surpresas, alegrias, tristezas, não há casal saudável que deixe a vida virar um tédio. Acredite.
Ótima semana, Fábio.
~~~
Fábio, venho do Refúgio...
Algo o traumatizou... Lamento.
O amor pode sentir-se como supremo bem... Algo divino.
Um pouco de terapia fazia-lhe muito bem, para isso existem os psicólogos.
Vou estar ausente e quando regressar espero reiniciar a interação.
Dias bons. O ceticismo não harmoniza a vida.
Abraço
~~~
Belo poema.
Eu não acredito em contos de fadas
e nem em príncipes encantados.
Bjs
Boa noite, Murilo. Pois é, muitos fins acontecem sem sequer imaginarmos.
Infelizmente, a característica do fim são as ausências. Triste...
Bonito!
Parabéns.
Beijos na alma.
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