Mulher bonita que seu corpo suavize,
Amenize a rispidez dos dias,
Seu todo harmonioso vivi(fique)
Como um sacerdócio,
O ócio da contemplação.
Pare o homem, pare a rua,
Pare o transito, por um momento,
Reparem o acontecimento,
Tudo fica em suspenso.
Há quem cause esse efeito imediato,
Como? Reclamarāo as outras, tolos,
Não existe outra mulher no mundo?
Chega como um carro inesperado,
Dobrando a esquina
Ou que tendo perdido o freio
No meio da
ladeira.
Como o furacão katrina,
Como um rio transbordando
E alagando tudo.
Uma chuva de verão
Sem sobreaviso,
Como ímã, como rima,
Como visgo que fisga,
Teia, cola que adere,
O olho que olhe e acolhe.
E todos artifícios são armas,
Dão uma calma convulsiva.
Dão charme, dão graça, acrescenta,
Torna-a altamente atraente,
Insinuante, desejável.
Só não cria o que antes não
havia.
Apenas realça os atributos,
Evidência o que já
exista de fato.
(Fábio Murilo, 13 05.2024)