sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Nunca Morrer Assim...

Nunca morrer aos poucos, devagar,
(a Vida a se extinguir como um lamento)
- sem mais nada fazer do que esperar
que a brasa esfrie sob o frio vento...

Nunca morrer assim... ao sofrimento
que, como um polvo de insondável mar,
nos abraça e nos tolhe ate o momento
em que, não mais podemos respirar...

Morrer, - por certo ! – em pleno vôo, em pleno
prazer, sem medo e dor, forte e sereno,
num tropeço imprevisto de quem corre,

como a criança que cai, a rir, contente,
como a luz que se apaga de repente...
- Morrer assim, sem se saber que morre!

J. G. de Araújo Jorge

1 comentários:

Lucinha disse...

Amo as poesias desse grande poeta. Nunca morrer assim ....é demais.Guardo isso em meu caderno de poesias há tantos anos, fiquei feliz em encontrar aqui.Obrigada, Fábio Murilo, por postar meu soneto preferido!

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