Todos sem Deus, na expectativa
De que nossa felicidade
Virá na próxima semana,
Talvez no próximo navio.
Mas não ousamos anular
O meio século de vida
Que foi, de sete em sete dias,
Inocentes, nos devorando.
A sombra de algum edifício
Escureceu os nossos rostos
E o monstro do quotidiano
Nos cerca nas esquinas tristes.
Aos domingos tão esperados,
Estendemos o nosso sono
Além do tempo habitual
E despertamos muito tarde.
Tão tarde que todas as moças
Livres já estão no mar,
Tão tarde que a segunda-feira
Amarga já é pressentida.
Alberto da Cunha Melo
Ilusão
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Eu quero dizer tantas coisas, eu preciso,
Para aliviar essa ânsia que agora me consome.
Essa ansiedade, saudade, que sufoca meu peito, não é maldade...
É ...
Há 6 anos
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