Essa
instabilidade de idas e vindas é ruim
Por
um lado, mas, boa, noutros aspectos,
De
estar sempre por perto depois partir.
Todo
dia assisto tuas chegadas,
Todo
dia possuo e todo dia tu findas.
Todo
dia morro um pouco e revivo,
Num
dia agonia, mesmo dia, alívio.
É
a dinâmica do convívio, a emoção,
De
ter nas mãos como certo, noutras não.
Mas,
quem tem o outro cativo, decerto,
Não
sabe do lenitivo, da felicidade que dá,
De
ver o que estava liberto, voltar, não sabe,
Dizendo
que está com saudade.
Fábio
Murilo, 10.03.2015
43 comentários:
Gosto de quando você utiliza esses gifs de TVD pra ilustrar teus poemas, porque combinam demais com a tua poesia e eu amo a série! <3
E que música maravilhosa!
Narrou o que acontece na vida de muitos casais, apesar de nem sempre conseguirem extrair algo bom disso.
O amor acontece quando a gente vai embora e não consegue viver longe, quando sempre voltamos, independente de quantas vezes se diga adeus.
Lindo, parabéns. ^^
Mais uma linda poesia tua Fábio! Aloás como todas as que li por aqui!"
Bjus mil e tenhas um lindo fim de semana poeta!!!
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Parabéns pelo lindo poema, adorei ler
Beijo, bom sábado.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Bom dia, Murilo.
Essa questão de idas e vindas, somente se a relação estiver saudável, houver amor suficiente e a separação e volta não se dê por motivo fútil, seja algo que precisou ocorrer.
Fora isso, o melhor é sempre estar junto da pessoa que amamos, a liberdade real está nessa prisão consentida e abençoada, que nada tem de nocivo.
Tenha um fim de semana de paz.
Beijos na alma.
Impressionante como você trabalha bem com as palavras, Fábio. Parabéns!
Seu poema faz uma boa reflexão sobre o amor desapegado, em que se deixa voar por saber que irá voltar. Muito bom!
Meus blogs literários:
O Poeta e a Madrugada (Contos e Poesia)
Dark Dreams Project (Contos de suspense e terror)
Abraços!
Olá, Fábio Murilo
Hoje, 14/03, quando Celebramos o Dia Nacional da Poesia ( no Brasil ) vim, saudar-te, e trazer-te um pedaço da minha alegria.
És grande, portanto, sóis poeta .
Que o dom da luz divina, te guarde proteja.
Um abraço, e desejos de Paz e muita Luz.
De facto tudo o que se tem como certo, pode tornar-se num lago de águas estagnadas. Tal como as marés que sobem e descem as areias da praia, o outro não pode nem deve ser cativo. Todos nós temos que ter a liberdade de ir e vir, para que possamos sentir mais vontade de ficar.
Gostei muito do dilema da necessidade de estar com a pessoa, que provoca saudade, no entanto, o regresso tornar-se-á ainda mais saboroso!
Belo, como sempre, Fábio!
xx
Unha das tantas paradoxas da vida: a inestabilidade é atractiva, emocionante, apaixoada... máis un non pode vivir toda a vida nunha montaña rusa; e, ó contrario, a estabilidade aporta paz e felicidade... pero a monotonía acaba enterrando as emocións nunha pesada lousa de pedra.
Soneto-acróstico
Essas vidas
Essa instabilidade da vida é bem ruim
Nada impede que tenha um lado bom
Transcendente como pode ser assim
Resulta de sempre estar sem ou com.
E a dinâmica do convívio entre partes
Idealizada como fora a portentosa lei
Deixa de lado as sobras, os descartes
Até onde assim deve ser eu nunca sei.
Se ao avistar estrelas me liberto então
E todo dia morro um pouco mas revivo
Vejo que amor escorre para outra mão
Infeliz, nessa situação me vejo passivo.
Daí que universo converge para o não
A menos que diálogo seja um lenitivo.
Há que se dar essa liberdade ao ser amado. Ninguém gosta de estar num relacionamento onde a pressão e a obrigação se faz presente em todos os momentos. Muitas vezes o ciúme interfere, quer ditar regras, quer punir, pois essa insegurança gera dúvidas onde não devem existir. Tão bom saber que o ser amado confia, aprova essa liberdade que todo ser humano tem que ter para transitar livre pela vida, para escolher caminhos, para delinear decisões. Difícil? Claro que sim, pois o egoísmo quer sempre por perto a pessoa amada, quer prendê-la em laços que se fazem em nome do amor. Mas é justamente o amor, o verdadeiro sentimento, que deve gerenciar as relações. Se a pessoa amada partir e não voltar é porque não se sentia agraciado com uma relação estável. Mas se partir e regressar, mesmo que por curtos períodos de ausência, há que se cantar aleluias ao seu retorno, demonstrado assim a importância do que se está vivenciando.
Meu querido, mais uma das tuas poesias que nos remetem a reflexões tão preciosas.
Que teu domingo seja de sorrisos, de estrelas, de alegrias e paz.
Com carinho,
Helena
Fábio...
Umas das melhores sensações que se pode ter na vida, é ter quem se ama pertinho da gente. Isso não tem preço, não há como comprar, ou vender esses preciosos e deliciosos momentos. E sim aproveitá-los!
Amei teu poema, puro amor!
Beijos!
Bonito e realista o seu poema, Fábio, porém, com tanta instabilidade, não há coração que aguente rs.
Beijos!!!
Comparo os amores doentios a passarinhos tristes na gaiola que cantam sempre a mesma triste canção, resignados aturam o ser que os alimenta, mas com certeza não o estimam... Como saber se é realmente amor se não deixá-lo livre para voltar se as flores do jardim o agradam, né?
Como sempre uma ótima reflexão e essa música lindíssima combinou bastante com o belo poema.
beijos.
Belo jogo de palavras, inteligente, sagaz e poético.
Sempre maravilhoso saber que alguém nos ama e nos espera.
Beijo
A maneira como você escreve, eu adoro!
Lindo ver o pássaro livre voltando pra repousar na mesma árvore.
Beijo'o
É mesmo, Carol. É aquela velha historia do enfeita teu jardim. Obrigado pelo incentivo e força do sempre. Beijos!
Obrigado, gentil, Lilly. Beijos!
Obrigado, Cidália.
Foi o que disse na primeira estrofe, é o ideal. Mas, o se humano é complexo, um caleidoscópio de sentimentos. A distância também contar a favor, embora eu prefira que eu goste, sempre que possível, por perto, bem a meu alcance, não deixa de ser tranquilizador, óbvio. Beijos, Pat. Obrigado.
Poxa obrigado, Girotto. Ah é, na realidade nada podemos fazer na verdade, ninguém e de ninguém, quem fica ao nosso lado é porque tá se sentido bem e volta quando tem de voltar por livre e espontânea vontade, porque bateu saudade. Abraços.
Obrigado, poetamigo. Parabéns também!
Poxa, Laura, entendeu direitinho a intenção do poema, hein?. Obrigado.
É mesmo, Fénix. Difícil essa questão que expôs, insolúvel, como o cachorro a perseguir o próprio rabo. Obrigado, abraços!
É isso ai, Fê. Determinados momentos desses valem uma vida, compensam mil horas de desilusão e tristeza, certíssima!. Obrigado. Beijos!
Teus poemas caracterizam meus dilemas atuais...
Sempre me entristeço ao pensar que nestas idas e vindas os sentimentos vão se perdendo, enfraquecendo. Mas como tu bem escreveste:
''Todo dia morro um pouco e revivo,
Num dia agonia, mesmo dia, alívio.''
Sinto isso no coração e na pele diariamente, aí de pronto penso, que ainda não será nessa vida que vou cansar dessas idas, se as vindas me revivem por inteira.
Beijos, te admiro muito!
Lindo poema, Fábio! Reflete muito bem a importância que certas pessoas adquirem em nossas vidas ao longo do tempo..
Mesmo se houver certa instabilidade em tais relações, o que importa, afinal, é o amor.
Li certa vez: “A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena!” - E é uma grande verdade..
Tenha uma boa semana!
Um abraço.
Obrigado, Shirley. A é, rs... Beijos!
Linda metáfora, Lu. Te confessar uma coisa, a ultima estrofe, antes de eu editar, era assim:
"Mas, antes, a opção do pássaro liberto,
Que foi embora, mas, não muito longe,
Ficou por perto porque teria saudade.
Que a do olhar desolado do pássaro
Cativo, ao nosso lado por obrigação."
Coincidência, não? rs...
Beijos!
Sim, sim... Dizer mais o que? Não me atrevo. Muito bom, amabilíssima, Helena. Obrigado, Beijos!
Fábio, há muitos anos, entrou em nossa casa, um passarinho, voando, feliz. Lembro que pensei em criá-lo, dar-lhe comida, água, carinho. E consegui colocá-lo dentro de uma gaiola, pois estava com a asa um pouco machucada. Ficamos encantados com ele, pois cantava quando pegava sol em sua gaiola. Nossa maior tristeza foi o dia em que fomos à sua gaiola e ele estava morto. Levamos para o parque e enterramos entre flores. Um funeral talvez de culpa... Aprendi com isso que a melhor forma de ter, e de amar é dar a maior liberdade possível! Sem querer e pensando em ajudar, eu tirei a vida do bichinho. Até hoje lembro desse meu caso, mas aprendi muito. Quem quer, volta... Se não voltar é porque se fez melhor.
Beijo!
Ohh tão bonito... Suave, saudoso, humano, poético e romântico...
Grande abraço
Obrigado, Ariana. Beijos!
Ah, que meigo, Simone. Obrigado, beijos!
Obrigado, elegante Vane, pelos gentis comentários de sempre. Abraço.
Tu é o cara, Jair! Artesão das palavras, perfeito! Obrigado!
Que legal essa identificação. Que bom que meu singelo escrito tenha te alcançado dessa forma. Eu também, Guria, admiro a ti e tua poesia intensa e verdadeira, sou fanzaço! Beijos!
Poxa... Tocante seu relato. É isso, os fatos falam por si. Obrigado, Tais. Beijos!
Obrigado, bardo lusitano. Abraços.
Essa poesia me lembrou 2 coisas. Uma foi o pequeno principe dizendo que somos responsaveis por aquilo que acreditamos. O outro foi o meu amor que sempre diz que não quer que eu vá embora e deixar ele sozinho. Idas e vindas, mas a vinda sempre é a mais bem-vinda. rs
Ô, que legal Nanda. Realmente, podendo ficar, que fique! Obrigado.
Obrigado, Arthur.
.
Amanhã, 17, farei uma brincadeira
com relação a terceirização e gostaria
de contar com a sua leitura.
Ah, como gostei do seu blog, vou
segui-lo. Espere que goste do meu.
Um abraço e obrigado.
.
Tá. Obrigado, Silvio. Abraço.
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