sexta-feira, 12 de abril de 2013

A Idade da Razão

Descobri que meus semideuses,
São falhos e contraditórios,
Que todo espelho fica embaçado.
Que meus senhores,
Meus proprietários, também,
Foram amáveis impostores.
Como qualquer ser humano,
Mal acostumado, descobri
Todas as dores do mundo...
De ver ruir por terra
As amorosas mentiras.
E reescrever minha história
Agora, no papel dos meus pais.

Fabio, 07.04.2003

20 comentários:

Unknown disse...

Muito bom!

Getulio
http://protopoetica.blogspot.com

Fábio Murilo disse...

Muito Obrigado Getulio!

João. disse...

Texto lúcido. Gostei!

Felicidades.

Jade Medeiros' disse...

muito bom, amei!

Fábio Murilo disse...

João, quando em visita a outros blogs sempre me detenho em seus comentários, me agrada. Sempre curto e preciso feito um bisturi, diz tudo em poucas palavras. Obrigado por visitar-me!

Gabriel S. Ignácio disse...

Eles falham, assim como os humanos,
o que é o certo e o errado se não uma ilusão?
Gosto de ler teus textos.
Tenha um bom dia.
Ignácio, G.

Larissa Bello disse...

Um dia a gente acorda e descobre que as dores do mundo estão vinculadas aquilo com o qual sempre nos iludimos. Sendo assim, nós é que somos os seus próprios causadores. Essa é a grande ironia da vida.

Bjos

Fábio Murilo disse...

Que bom você ter gostado tanto assim, preciosa Jade. Muito me alegra sua presença!

Jane Nitro disse...

A percepção poética atribui nova razão de ser à decepção.

Fábio Murilo disse...

“Meu pai um dia me falou prá que eu nunca mentisse mais ele também se esqueceu de me dizer a verdade” - Roberto Carlos.

“Você me diz que seus pais não te entendem, mas você não entende seus pais” - Renato Russo.

Que falem as vozes de outras experiências. Obrigado Gabriel pela visita e pelas palavras elogiosas!

Fábio Murilo disse...

Culpa desses comportamentos padronizados, desses estereótipos sociais. Onde quem não se disfarça, é excluído, é inibido, é recusado. Gosto de suas questões levantadas Larissa, dos inúmeros lados... Por que não? Grato pela enriquecedora visita.

Fábio Murilo disse...

"... o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor”.

Eclesiastes 1:18

Pois é Jane. Valeu a visita.

Gabriel S. Ignácio disse...

"Cada dia é um a menos pro encontro acontecer" (Los Hermanos)...
num momento podemos apagar como lâmapadas.
Ou a eternidade está mais próxima do que imaginamos?

Abraços, Fábio.

Unknown disse...

No fim somos todos falhos.
Somos os semi Deuses falhos de nossos filhos.
Somos o que somos, porém falhos.
Beijos!!
OBS: Você deveria eliminar as letrinhas de conferência.

Fábio Murilo disse...

Interessante. Eu tenho um texto poético que fala mais ou com essa palavras, ou ideia, a ser postado por esses dias, se referido a inexorabilidade da morte, que sentencia: "Deveríamos como as lâmpadas apagar". Aguarde Gabriel. Valeu novamente, volte quantas vezes quiser.

Fábio Murilo disse...

Quem diz isso também, Ajenice, é Belchior:

"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais..."

Faz tempos que não se pronunciava. Pensarei na sua observação. Obrigado pela visita.

Bandys disse...

Talvez a idade da emoção...
Gostei.
bjs

Fábio Murilo disse...

“Caminheiro o caminho se faz ao caminhar”. Entendo-lhe moça, do alto dos seus vinte e poucos anos. Dá medo é excitante ao mesmo tempo, errar seus próprios erros, ser senhora do seu destino e dos seus desatinos, o que é a vida sem emoção? Qualquer coisa, dá tempo de consertar.

Anônimo disse...

"Mal acostumado, descobri
Todas as dores do mundo..."

Cara, muito bom.

http://hopelesstha.blogspot.com.br/

Fábio Murilo disse...

Pois é isso que acontece ao cara que cai em si de repente, assustador não? Obrigado Thais pela visita e pela gentil observação.

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