Salve-me da solidão, desse
chão inóspito,
Esse cão medonho, essa consumação,
Essa aberração da natureza humana.
Quero me proteger em tua
sombra
Da soma de todos os medos,
apegos vãos.
Traga a calma merecida a esse
condenado.
Mão estendida ao que clama no
fundo do poço,
No lodo escorregadio e
pastoso, no atoleiro.
Ao que restou sombrio, pesaroso,
entregue.
Deixado em posição fetal, abandonado.
Sequioso dessas tuas flores improváveis,
Inimaginavelmente no asfalto brotadas,
Colhidas num canto qualquer de calçada.
Colhidas num canto qualquer de calçada.
Fábio Murilo, 19.06.2015
20 comentários:
Bom dia Fábio
Como sempre, poema maravilhoso!
Beijo, bom sábado.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Lindo, Fábio, que nos libertemos de tudo, de certas amarras e que nunca tropecemos na solidão, algo que deve ser terrível. Sem dúvida é um poema para ser lido várias vezes, pede reflexão. Pegou bem, menino de ouro!
Beijo!
Salve-me da solidão...
Que belo apelo assim feito, a desencadear versos tão sentidos, tão sofridos, mas tão profundamente esperançosos de que as "flores improváveis, talvez brotadas no asfalto, possam ser "colhidas num canto qualquer de calçada".
Um poema, a exemplo de todos os teus outros publicados, a nos despertar admiração pelo poeta completo que tu és, meu querido amigo. Tens a alma esculpida no mundo da poesia. E nós, amigos e leitores, somos os agraciados pela tua generosidade em nos dá-los a conhecer.
Grata, meu querido, pela atenção de sempre.
Meu carinho nos sorrisos e estrelas que te deixo,
Helena
Por acaso você assistiu esse filme aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=q8ncjHylG6c
O cavalheiro das trevas, vulgo Batman, jogado num poço sem a chance de sair.
Questionado sobre nunca ninguém ter saído vivo dali, apenas um garotinho, uma criança forjada na dor e no sofrimento que não se contamina com o inferno que vive naquele buraco onde o teto é a luz para a sonhada liberdade.
É dito algo assim ao teimoso Bruce Wayne quando quer escapar daquele poço:
Você não teme a morte e acha que isso o torna forte! Como correr mais rápido que o possível? Lutar mais que o possível? sem o maior dos instintos: O medo da morte!?!
Meu Olá
=)
Olá meu amigo Fábio
Muito intenso e expressivo poema que descreve muito bem esse sentimento que tanto castiga o coração quanto a solidão. Beijos e que você tenha uma linda e positiva semana :)
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Um poema profundo, saído do fundo do poço da alma...
Gostei do conteúdo.
Beijos, Fábio!
Oi Fábio, gosto da beleza e vida que seus poemas carregam. Mas que apenas palavras elas estão impregnadas de sentimentos. Parabéns!
Abraços!
http://joandersonoliveira.blogspot.com.br/
Nossa alma deve ser preenchida com amor
que correra pelas veias bombeando o nosso coração.
Assim os vazios jamais serão solidão.
Beijos
... um clamor por amor...
Belo poema poeta!
Beijos meu!
Obrigado pela visita, Isabela. Fui lá.
Obrigado, Marcos.
Obrigado, Cidalia.
Obrigado, Tais. Beijos
Grato digo eu, pelos teus inspirados e gentil comentários, querida Helena. Abraços.
Vou conferir, Priscila Rubia. Obrigado.
Olá, Lilly, muito obrigado. Beijos!
Obrigado, Shirley. Beijos!
Obrigado, Joanderson. Abraços!
Obrigado.
Obrigado, Nandita. Beijos!
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