sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O Edifício


Nos finais de domingo, imagino,
Vindo dos meus passeios sem rumo,
Observando aquele edifício,   
Aquele do andar especifico,
Enquanto espero o ônibus.

Mesmas plantas na varanda,
Mesmo sol se pondo, sumindo,
Mesma luz amarelada refletida
Nos ladrilhos, se alongando.
Mesma silhueta vaporosa, etérea,
De um vulto ilusório, que idealizo,
A rua observando, quase lua
surgindo, ficando escuro,
Compondo um quadro vivo.

Dona dessa melancolia se abatendo,
Descendo nas luzes de mercúrio.

Fábio Murilo, 11.01.2016

44 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Como sempre, fantástico!

Beijinhos e bom fim de semana.

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Meus desabafos :) disse...

Tão bonito a forma como escreve.Nunca vi alguém descrever a poesia assim, em detalhes minuciosos *_*

Amei :)

beeijão
http://carolhermanas.blogspot.com.br/

Magia da Inês disse...

Bonito mas muito melancólico!...
É a selva de pedra!...

Bom domingo! Boa semana!
Beijinhos.
❤ه° ·.

Wonder disse...

Por alguns segundos, pus-me a viajar nos detalhes dos seus dizeres... Confesso que continuaria a ler o restante da história até o final, e que final seria.
Um grande abraço meu amigo..... Desejo-te um belo resto de final de domingo.

Gabriela Miranda disse...

Adoro poemas melancólicos, com esse não foi diferente.
http://viagem-a-terra-do-nunca.blogspot.com.br/

Mayra Borges disse...

Me imaginei caminhando pelas ruas do recife, vivendo cada palavra.
Uma imersão completa. Poema maravilhoso. Uma delícia de ler.

Adorei.
Bjs, Fábio.

Cidália Ferreira disse...

Fabuloso poema! Adorei

Desejo uma excelente semana.
Beijos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Vera Lúcia disse...

Olá Fábio,

Rica imaginação, que lhe proporcionou a inspiração de um lindo poema.

Feliz semana.

Abraço.

MARILENE disse...

Um olhar que passa a ser ansiado com hora marcada. Uma observação que cria caminhos na mente e no coração. Seus versos nos levam a um cenário de mistério e de magia. Ficamos a desejar que o poema tenha continuidade. Belo! Abraço.

Ani Braga disse...

Oi Fábio querido


Lindo poema...
Gostoso quando as palavras conseguem fazer com que imaginemos cenas que por um breve momento passam a serem nossas.

Beijos
Ani

Lourisvaldo Santana disse...

Que belo arranjo de palavras! Soa como uma canção aos ouvidos; algo triste, belo, triste, belo, mui belo.

Tais Luso de Carvalho disse...

Bah, Fábio, como faço essas observações quando estou nas ruas do meu bairro. Viajo, imaginando as pessoas que moram no apartamento da sacada florida, da cortina de croché. Serão felizes? Como vivem? E não leva muito para me colocar naquela sacada e de lá olhar para baixo e observar as pessoas passarem. Teu poema me é familiar!Gostei muito da criação.
Beijos.

Anônimo disse...

Linda melancolia poeta...

Beijos!

Maria Rodrigues disse...

E da melancolia se fez uma bela poesia.
Um abraço
Maria

Anônimo disse...

Belas palavras.
Estou de volta, caso queira visitar-me, seja bem-vindo!
Abraços.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

muitas vezes um simples local leva a nossa imaginação a voar e criar nosso próprio cenário.
muito bem!
beijo
:)

Carol Russo S disse...

Que descrição! Gosto disso, muito.
A gente vive numa vida tão fugaz, reclama da cidade, mas não observa suas curvas, formas e cores.
É lindo viver assim!

Fábio Murilo disse...

Que legal, Marcos! Abraços.

Fábio Murilo disse...

Obrigado, Cidála. Beijos!

Fábio Murilo disse...

Oh, muito obrigado, que legal ouvir isso. Motivador. Obrigado, Carol, pela gentil visita, volte mais vezes, beijos!

Gustavo disse...

A mi los dias que mas me deprimen son los domingos a la tarde ja. No se. Lo veo todo triste, gris, apagando, poca gente en la calla. Mas que nada me pasa en invierno. Cuando los dias son mas frios y mas cortos

Priscilla Way disse...

Essa sua poesia nos detalhes.. <3

Fábio Murilo disse...

Mas, a melancolia, a tristeza, a carência, são grandes impulsionadores, Inês. Inspiram, transbordam em versos, em canções, é o que mais tem. Notou? Beijos! Obrigado pela visita.

Fábio Murilo disse...

Legal, Wonder, sua leitura, gostei. Obrigado, abraços.

Fábio Murilo disse...

A é, é o estado de espírito do momento, né? rs. Obrigado, Gabi.

Fábio Murilo disse...

Obrigado, Cidalia, Beijos!

Fábio Murilo disse...

É?... Obrigado, então, Vera. Abraço.

Fábio Murilo disse...

Que legal, Conterrânea, que o poema tenha lhe proporcionado essa sensação, essa emoção. Missão cumprida, rs. Beijos!

Zilani Célia disse...

OI FÁBIO!
PORQUE, SÓ NOS FINAIS DE DOMINGO, A CIDADE PODE SER OBSERVADA ASSIM, COM A TUA ALMA DO POETA, EXPOSTA AO SILÊNCIO.
LINDO.
ABRÇS
-
http://. zilanicelia.blogspotcom.br/

Fábio Murilo disse...

Poxa, certeira, exatamente isso, perfeita, Marilene. Abraços, obrigado.

Fábio Murilo disse...

Que bom, Ani. Beijos!

Fábio Murilo disse...

Legal seu comentário. Obrigado, Lourivasdo.

Fábio Murilo disse...

Que interessante, Tais. Obrigado.

Fábio Murilo disse...

Obrigado, companheirinha. Beijos, visse? rs.

Fábio Murilo disse...

A tristeza é a maior fonte de poesia, pelo que vejo, Maria Rodrigues. Abraços.

Fábio Murilo disse...

Exatamente. Como o edifício desse poema, real por sinal, porém igual a outros, única diferença que me inspirou. Beijos, Sol.

Fábio Murilo disse...

Lindo comentário, Carolzinha. A quanto tempo! Beijos!

Fábio Murilo disse...

É, geralmente os dias de domingo, mas as tardes, nos é visto por aqui assim também, como o final do feriado, da liberdade, a beira de uma segunda-feira. Abraços, Gustavo.

Fábio Murilo disse...

Oi, Pry, a quanto tempo! Obrigado.

Fábio Murilo disse...

Num sei... Domingo a tarde, anoitecendo é melancólico mesmo, como o final do um sonho. Abraços.

Fábio Murilo disse...

Oi, Cecilia. Obrigado.

Anônimo disse...

Olá Fábio Murilo. Por nada!

Laura Santos disse...

Não existe poeta muito alegra, não. A grande poesia é construída a partir dessa melancolia que põe à prova as nossas defesas perante a vida nos dias mais cinzentos, e tenta a nossa resistência perante um mundo vago.
Um vulto que se imagina depois de um passeio sem rumo, quase metáfora para a necessidade de "encontro" com a perfeição através da idealização. Sempre inatingível, sempre buscada.
Gostei muito, poeta!
xx

Fábio Murilo disse...

Perfeita, poetisa. O mesmo tirocínio que lhe é peculiar. A mesma sensibilidade, de se transportar, de adivinhar, tamanha percepção. Precisa, Laura, é isso mesmo. Abraços.

Postar um comentário