Colhida no pé,
Na plenitude da
estação;
A deslumbrante
visão
Da altitude
inexplorada
De uma montanha
gelada;
A água
cristalina,
Que corra ainda,
Na mata
inexplorada;
A vida, enquanto
intacta,
Sem as marcas da
decepção;
A forma
despojada
E cheia de ilusão
Da menina que
ainda
Não se fez moça,
Da moça que
ainda
Não se desfez da menina.
Fábio Murilo, 31.10.2001
27 comentários:
Todas as transições que se efetuam ao longo da vida trazem uma certa apreensão, mas um encantamento único da idade. Assim se dá com a menina que de pés no chão a brincar se vê passar para a adolescência. Ah, quantos sonhos a enfeitar a imaginação, quantas dúvidas, apreensões, quanta coisa a conquistar, quanto mistério a desvendar, quanto receio de colocar o pé na nova fase... Mas os de fora a vêem assim, menina-moça, brejeira, olhar suave e sedutor, a vida inteira a lhe despertar os sonhos, assim como tu, meu poeta querido, a descreveu tão fielmente neste belo poema.
Tenho acompanhado o desenvolvimento de uma afilhada nessa fase tão bonita e ao mesmo tempo cheia de temores, muito mais por parte dos pais que sabem como é "o mundo lá de fora...". A menina-moça, a moça "que ainda é quase uma menina", como diz o teu poema, está flutuando num mundo de sonhos, de magia, onde a vida lhe parece feita somente de coisas belas, à espera apenas de que seus pezinhos as alcancem... E as duas situações são válidas: pais preocupados, filha sonhadora! Existe toda uma temática a ser desenvolvida neste relacionamento, e como diz o ditado "nem tanto ao mar, nem tanto à terra". Há que haver um equilíbrio, uma orientação dirigida, e também a aceitação da vivência de cada um, de deixar que a experiência de vida se processe de forma normal.
Enfim, meu querido, teus poemas a nos ensejar reflexões que nos conectam com a realidade, mesmo estando a voar nas asas da tua imaginação.
Grata pelas visitas tão atenciosas e palavras tão generosas que fico a pensar: este poeta tem uma alma muito sedutora e oferta palavras que são exageradamente elogiosas (risos).
Que no teu final de semana tenha sorrisos a brincar nas tuas horas, estrelas para iluminar teu céu interior, e meu carinho a dizer da minha admiração,
Helena
Boa tarde Fábio.
Poema fantástico!! Adorei :-)
Bom fim de semana. Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Sempre tão delicado ao retratar a alma feminina!
<3
As ilusões que motivam
os sonhos, e com sonhos
é fácil voar;
bom sabado
E as duas situações são válidas: pais preocupados, filha sonhadora! Existe toda uma temática a ser desenvolvida neste relacionamento, e como diz o ditado "nem tanto ao mar, nem tanto à terra". Há que haver um equilíbrio, uma orientação dirigida, e também a aceitação da vivência de cada um, de deixar que a experiência de vida se processe de forma normal.
Hoje eu fico com o comentário da Helena, tão lúcido, consciente e protetor com a menina que ainda Não se fez moça, Da moça que ainda Não se desfez da menina.
Meu olá
=)
Eu fico com a canção... Se essa rua, se essa rua fosse minha... tão eterna.
=)
Claro, Priscila, estão ótimas, só fez somar. Obrigado as duas. Afetuosos abraços!
Obrigado, Cidalia. Beijos!
É mesmo? Que legal guria, observação curiosa, gostei. Beijos!
Pois é, Garota. Toda realização começou num sonho. Beijos! Par você também, agora... Madrugada de domingo, bom domingo!
A é, lindas e eternas canções de outros tempo. De um tempo puro, "de ingênuo folgar", ola!
Enquanto há pureza é tudo tão mágico, mas depois... tudo muda e vamos nos adaptando. Bjinho
um passo por vez, é inevitável.
|Doces são suas palavras, sempre encantando todo mundo.
bjo
Um poema suave e belo.
Um abraço
Maria
Fábio,
Um poema sublime, a alma feminina na sua delicadeza
e genuíno sentir descrito através da sensibilidade
e do talento do Poeta.
Um todo de arte: O poema, a música, a imagem
expressando esta menina em sua cristalina pureza.
Belíssimo!!
Beijo.
e a moça nunca devia deixar de ser menina...
poema terno e suave.
gostei muito
beijinho
:)
Que bela obra, Fábio!
Ótimo retrato da alma feminina, poucos possuem essa sensibilidade e talento.
Grande abraço, sucesso e ótimo final de semana!
Oi, Fábio, poema com alma totalmente voltado ao feminino! Delicado, terno, romântico: Do que ainda... enquanto ainda!
"A vida, enquanto intacta,
Sem as marcas da decepção;"
Um dos melhores!! Mas são tantos...rss
beijo, menino de ouro.
Pois é, Nádia. Pena que seja só uma fase, que se desfaz. Beijos!
É. Mas a impressão que tudo caminha a passos largos, Sara.
Obrigado, morena. Nem tanto, mas, sinto-me lisonjeado. Beijos!
Obrigado, Maria. Abraços.
Gostei do comentário, Suzete. Da riqueza de detalhes. Beijos.
Foi o que disse antes, exato. E nem há necessidade ao meu ver. É contingencia, por questão de sobrevivência, de conveniência. Triste.
Poxa, obrigado. E tu que é o cara. Abraços!
Obrigado, Tais. Sempre tão generosas em suas colocações. Beijo!
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